Ser um Cristão Feliz!

No passado sábado, 29 de Maio, tivemos uma catequese diferente juntamente com o 10º ano da Paróquia de Santa Maria de Lamas, ao qual desde já agradecemos pela sua simpática e agradável presença. Esperamos poder voltar a repetir este encontro!
Ao longo da tarde tivemos oportunidade de partilhar momentos de descontracção e divertimento, assistimos à eucaristia, fizemos um lanche e terminamos com uma reflexão em torno do tema deste nosso encontro.
De seguida apresentamos o esquema do nosso encontro e os textos que serviram de apoio à nossa reflexão e que esperamos que vos possam interessar.

SER UM CRISTÃO FELIZ!

«Fazei coisas belas, mas sobretudo tornai as vossas vidas lugares de beleza.» Papa Bento XVI (Maio, 2010)

PROGRAMA:

15:30 às 16:00 – Acolhimento com dinâmicas e jogos;
16:30 às 17:30 – Eucaristia;
17:30 às 18:30 – Lanche/convívio;
18:30 às 19:30 – Exploração do tema “Ser um cristão feliz”.

Neste momento, nós, jovens da Paróquia de Santa Maria de Lamas, gostaríamos de vos transmitir a nossa satisfação e alegria por estarmos aqui convosco neste encontro de catequese. A aproveitamos, também, para agradecer a possibilidade que nos deram de podermos partilhar juntos os momentos de oração Taizé.
Para iniciarmos o encontro de hoje escolhemos um conto que tem como título “Ser feliz em 24 horas”, cujo autor é o nosso professor de E.M.R.C., Dr. Paulo Costa.

INTRODUÇÃO: SER FELIZ EM 24 HORAS

A notícia tinha-se espalhado com rapidez por toda a cidade e não se falava de outra coisa. Alguém tinha divulgado a notícia de que oferecia a felicidade em 24 horas. A boa nova passara nas rádios, televisões, jornais e revistas durante aquela semana vezes sem conta.
No último dia daquela semana, tinha passado frequentemente pelos céus da cidade uma avioneta com uma mensagem publicitária: “Seja feliz em 24 horas. Dia 10 às 09 horas!”. Um helicóptero também tinha largado sobre a povoação milhares de papelinhos coloridos com a mesma mensagem.
A reacção das pessoas era a do costume. Às tantas, era mais uma das inúmeras campanhas publicitárias de alguma marca nova no mercado. Ou então, era mais um novo Centro Comercial na cidade. (…)
Na verdade, as pessoas já duvidavam de tudo e todos e, com certeza ninguém devia ter descoberto a pólvora. Resignadamente, as pessoas não acreditavam em receitas mágicas ou em novidades surpreendentes para serem felizes. A vida era difícil e nem a riqueza nem os bens materiais davam a felicidade sonhada. Ninguém vivia satisfeito com a sua sorte.
No dia previsto, apenas cinco pessoa estavam no local e à hora divulgada. Apareceram um empresário rico, um político prestigiado, uma cantora famosa, um intelectual de renome e uma toxicodependente anónima. A recebê-los estava um velhote milionário.
O ancião disse-lhes que os faria felizes se alinhassem em tudo quanto lhes iria propor. A primeira coisa consistia em ir a um orfanato da cidade e conviver com as crianças durante o resto da manhã. O desafio era falar, ouvir, brincar com os residentes e conseguir provocar neles muitos sorrisos e gargalhadas. Eram crianças difíceis, mas os cinco conseguiram estreitar laços de amizade e cumplicidade. Todos saíram satisfeitos com a tarefa.
À hora de almoço, foram incumbidos de ir ajudar uma organização não governamental a dar de comer a pessoas sem-abrigo. Era a sopa dos pobres. O desafio era dialogar com aquela gente a quem a vida tinha sido madrasta, enquanto lhe ofereciam algo para encher o estômago e que poderia bem ser a única refeição do dia. Todas saíram alegres com a experiência.
Pela tarde, o desafio era passar umas horitas com reclusos do estabelecimento prisional da cidade. Era angustiante estar com prisioneiros que tinham cometido crimes mas que não deixavam de ser pessoas. Tinham sentimentos e desabafavam com aquelas cinco visitas. Receberam palavras de conforto e de ânimo. Todos saíram contentes com a visita e o encontro realizado.
Posteriormente, a tarefa era estar com idosos de uma instituição de solidariedade social e depois na Cerci da cidade. (…) Muitos idosos esperavam a morte sem a companhia dos próprios familiares que ali os tinham deixado. Muitas das pessoas com deficiência sentiam-se discriminadas pela sociedade e muito carentes de tudo e de todos. Todos saíram orgulhosos de terem estado com aquelas pessoas tão sedentas de carinho.
Durante a noite, o desafio era colaborar com uma instituição que prestava apoio social e médico aos sem-abrigo que vagueavam pela rua, toxicodependentes e prostitutas. Ofereciam-lhes uma refeição quente, um agasalho, seringas novas, cuidados de enfermagem, produtos de higiene e, sobretudo, uma palavra amiga. Todos saíram dali felizes.
Passadas 24 horas, os cinco estavam de rastos. Mas, tinham descoberto a felicidade: a alegria estava mais no dar do que no receber. E sentiram pela primeira vez que mais do que dar coisas, o verdadeiramente gratificante era dar-se a si mesmos. As suas vidas mudaram a partir daquelas 24 horas. Tinham-se sentido felizes pela primeira vez.
Vitaminas de Plenitude – Histórias para Crescer (texto com adaptações), Paulo Costa, ed. Salesianas

Questões:
• Porque serão as pessoas mais felizes quando dão do que quando recebem?
• Será que é possível fazer pequenos milagres com pequenos gestos de altruísmo?
• Porque haverá tanto egoísmo e materialismo, apesar de haver sinais de solidariedade?

[EUCARISTIA]
[LANCHE/CONVÍVIO]

CÓDIGO PARA UM CRISTÃO FELIZ!

Pára pelo menos uma vez por dia. Não te deixes emaranhar em rotinas que tiram o sentido à vida!

Não fujas do silêncio. Às vezes, é em silêncio que se dizem as coisas mais importantes!

Não sejas explosivo ou impaciente. Ouve o que te dizem, podes crescer com os outros!

Sê vigilante. Está atento e tenta não te perder na escuridão do medo e do fracasso!
Não te deixes levar pelos ventos contrários. Existe um Deus que acredita em ti e toma partido de ti. Confia!

“Inspecciona” o teu coração regularmente. Elimina ódios, rancores, medos e instala a esperança e a força para viver de mangas arregaçadas!

Trabalha, dá de ti. O Reino de Deus nãos se constrói sozinho!

Vai sempre em frente com os teus princípios. Não voltarás atrás com medo do que possam pensar!

Deixa-te inundar pelo amor. Só o amor consegue ultrapassar quedas que doem cá dentro!

Instala a “via verde” no teu coração. Não impeças a entrada, não lhe coloques restrições. Não te deixes levar pelo medo de sofrer, porque pior do que sofrer por algo que te tenha acontecido é não sofrer por não teres vivido!

PARA REFLECTIR: QUEREMOS SER FELIZES?

Se reflectirmos no que se passa à nossa volta, perceberemos que nos desviamos facilmente do nosso centro de interesses, daquilo a que verdadeiramente somos chamados como cristãos: cumprir, em tudo, a vontade de Deus para sermos felizes, agora e já, enquanto vivemos, e depois por toda a eternidade.
Por vezes, caímos na conta dos nossos erros, omissões, deslizes; e tentamos, talvez de várias formas, voltar à normalidade procurando ser mais cumpridores, mais compreensivos com o próximo, mais fiéis aos nossos deveres; e ainda bem que tentamos isso.
Mas que fazemos nós para atingirmos esse objectivo?...
É habitual esquecermo-nos de que a perfeição cristã vai sendo conseguida através de gestos e tomadas de atitude muito simples e é preciso encará-la momento a momento, sem que, para tal, seja necessário esperarmos que apareçam ocasiões para realizar actos heróicos. Esses momentos podem nunca chegar. Essa perfeição deve ser encarada como um modo natural de estar na vida. E no nosso jeito de viver, tudo deve ser muito simples e espontâneo. Deixemos que tudo aconteça naturalmente e sem artificialismos, estando sempre atentos e abertos ao perdão, à paciência, à aceitação dos demais dons e carismas que vêm a nós através do Espírito Santo. A isto podemos chamar a prática do amor.
Deus é este Amor que flui no nosso dia-a-dia e não podemos separar-nos dele. Quanto mais formos humanos, tanto mais seremos divinos... e tanto mais seremos felizes!